Durante novembro, as temperaturas da superfície do mar (TSM) no Oceano Pacífico equatorial permaneceram acima da média, indicando a continuidade do El Niño, com anomalias aumentando no Pacífico central e centro-leste. Os últimos valores do índice Niño mostraram um fortalecimento do El Niño, com a temperatura do oceano na região de referência (Niño 3) ainda considerada muito forte, com anomalias de 2,0°C a 2,5°C.

As previsões indicam a persistência do El Niño na estação de outono de 2024, com uma probabilidade de 62% entre abril e junho de 2024. Modelos também apontam para a intensificação do El Niño, com mais de 55% de probabilidade de persistir entre janeiro e março de 2024, e 35% de probabilidade de se tornar historicamente forte. Assim, as condições climáticas e meteorológicas na região amazônica serão influenciadas por esse fenômeno.

Em novembro, a precipitação na Região Amazônica não foi significativa, resultando em anomalias de precipitação abaixo do normal no centro, leste e sul da região. Em outras áreas do oeste, incluindo Bolívia, Peru e partes do norte do Brasil, a chuva foi irregular, com precipitação ligeiramente acima da média, porém insuficiente para determinar o início da estação chuvosa.

A previsão climática para o próximo trimestre (dezembro de 2023 a fevereiro de 2024) indica uma leve melhora na estimativa de precipitação, com valores dentro do normal a ligeiramente acima da média em algumas localidades da região durante dezembro. Espera-se chuvas mais abundantes na parte alta da bacia, incluindo os países Andinos, Peru e Bolívia, especialmente na segunda semana de dezembro. No entanto, a tendência a partir de janeiro de 2024 aponta para valores significativamente abaixo da média, especialmente na Amazônia central, sul e leste da região amazônica.